Pensando
no que ia escrever, depois de um final de período um tanto turbulento, voltei
pra casa dos meus pais. Minha mãe é dona de uma banca de jornal e revistas e sempre que volto ela me mostra praticamente todas as revistas que saíram alguma
reportagem sobre saúde, a dieta da moda, receitas ou politicas relacionadas.
Dessa
vez cheguei e me deparei com uma Superinteressante que na capa vinha escrito “A Ciência da Dieta” e o subtítulo ainda
completava, “Chocolate pode emagrecer. Adoçante pode engordar. Batata frita
vicia tanto quanto drogas. Conheça as novas descobertas que estão
revolucionando o mundo das dietas.” Frente a tantas afirmações lá fui eu ler a
revista pra ver do que se tratava.
O
que eu encontrei?! Essas informações que comumente encontramos em revistas de
saúde, alguns exemplos: alimentos como pimenta, canela e gengibre são
termogênicos e “aceleram” a “queima” de gordura, que chocolate pode ser um
aliado da saúde, que o cérebro funciona de forma que comer te causa prazer e
pessoas que apresentam resistência à ação de determinados hormônios
provavelmente leva a pessoa a comer mais e por ai vai.
O
pior?! Já perdi as contas de quantas vezes vi pessoas passando pela banca,
vendo/comprando essas revistas com uma autoestima baixíssima, se lamentando por
não conseguir seguir determinada dieta/regra/rotina que a noticia impõe ou por
não ter o padrão de beleza que é estampada em todas essas capas.
Nunca
esqueci uma coisa que ouvi uma vez de um professor que destacava o quanto somos
escravos da nossa própria geração, ele dizia que essa geração vive
a “Ditadura do Ótimo”, um ótimo corpo, uma ótima alimentação, uma faculdade
ótima, um emprego ótimo, tudo da melhor qualidade. Menos, que ótimo não vale! Se
você não se enquadrar nisso tudo você está perdido. Será?! Vez ou outra me pego
pensando nisso!
Gabi Carvalho
Saiba mais sobre a Gabi clicando aqui.
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